Hemorragia Pulmonar Induzida por Esforço (HPIE)

 

Cuide bem do seu cavalo. Os cavalos atletas tem altas pressões sanguíneas e força cardíaca. O rompimento das veias acarreta em hemorragia pulmonar e o sangue nas vias respiratórias causa uma reação inflamatória.
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INTRODUÇÃO

 

Hemorragia do parênquima (tecido) pulmonar associada a exercício excessivo que se caracteriza por sangue nas vias respiratórias e consequente sangramento nasal.

O mecanismo exato pelo qual ocorre ainda é desconhecido mas está associado ao estiramento dos capilares pulmonares.
Os cavalos atletas tem altas pressões sanguíneas e força cardíaca. Pressões elevadas no átrio esquerdo (compartimento do coração)  associadas a alterações das válvulas cardíacas contribuem para isso. O rompimento das veias acarreta em hemorragia pulmonar e o sangue nas vias respiratórias causa uma reação inflamatória. Outros fatores que podem agravar são viroses respiratórias e ar poluído.
 
INCIDÊNCIA
 
Acomete a maioria dos cavalos que se exercita até á exaustão.
A frequência varia de 35% em raças padrão de marcha até 70% nas raças de corrida (PSI e QM)
É relatada com atividades extenuantes: corridas planas (passo trote e galope), salto e eventos com 3 dias de duração.
Ocorre com início de treinamento extenuante a partir dos 2 anos de idade. Ambos os sexos são acometidos.
 
SINAIS
 
Tosse e aumento da atividade da deglutição (mecanismo de engolir)
Queda de rendimento atlético.
Sons anormais nas vias respiratórias.
Menos de 5% doa animais acometidos tem sangramento nasal.
O diagnóstico é baseado nos sinais clínicos e na endoscopia pulmonar 30 a 90 minutos após o exercício, onde é encontrada a presença de sangue.
 
 
TRATAMENTO
 
A medicação frequentemente usada 4 horas antes das atividades é a FUROSEMIDA (1 mg/Kg).
O uso de estrogênio pode diminuir a fragilidade dos capilares.
Outros remédios incluem broncodilatores (Clembuterol), antiflamatórios (ácido acetilsalicilico – aas) e esteróides (dexametasona).
A administração constante de furosemida, em especial se o cavalo estiver desidratado, podecausar alterações do equilíbrio eletrolítico e choque do animal.
A repetição dos  do exame endoscópico após atividade extenuantes fornece informação sobre a frequência e a gravidade da condição.
Se o sangramento for grave, repetir o exame em 24 – 48 horas para certificar-se que o sangramento cessou; pode indicar presença de outra patologia pulmonar.
 
Fonte: Artigos Veterinários por Dr. Francisco Lança. http://byvet.blogspot.com.br/